Título
Quem é o sujeito da Educação Especial?
Alexandra Ayach Anache - Departamento de Ciências Humanas - UFMS
Ementa
Trata-se de uma proposta de minicurso que visa apresentar e discutir sobre
o que se tem denominado de aluno(a) especial para as políticas
públicas brasileiras. Esse tema surgiu no bojo das discussões
realizadas no GT 15 - Educação Especial da ANPED. Além
disso, tem-se constatado em pesquisas realizada por Anache (1997), Mazzotta
(1999), que há confusões conceituais que o próprio
conceito impõe, justificadas pela abrangência do termo Portador
de Necessidades Especiais. Registre-se que, este assunto não se
esgota, uma vez que ele sempre retorna para as pautas de discussões
dos órgãos oficiais, sempre que se vai definir a quem se
destina a Educação Especial. Diante disso, pretendemos iniciar
um debate sobre o que as políticas públicas denominam de
sujeito especial. Portanto, pretende-se promover discussões sobre
os critérios de identificação de estudantes da educação
especial numa perspectiva histórica, e abordar aspectos epistemológicos
sobre o conceito de conceito de norma/desvio, excepcionalidade e necessidades
educacionais especiais.
Bibliografia
AMARAL, A. L. Conhecendo a deficiência (em companhia de Hércules).
São Paulo, Robe Editorial, 1995.
ANACHE, A A. Diagnóstico ou Inquisição? Estudo sobre
o uso do diagnóstico na escola . (Tese) São Paulo: USP,1997.
BARTON, L. Discapacidad y Sociedad. Madrid: Espanha: Morata, 1996.
BIANCHETTI, L. Aspectos históricos da apreensão e da educação
dos considerados deficientes. In: BIANCHETTI, L. e FREIRE, I. M. Um olhar
sobre a diferença- Interação, trabalho e cidadania.
Campinas, SP: Papirus. 2001. P. 21- 51
BUENO, J. G. A produção social da identidade do anormal.
In: FREITAS, M. C. História da Infância no Brasil. São
Paulo: Cortez. 1997. P. 159-181.
CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. Rio de Janeiro, Forense
Universitária, 1990.
FERREIRA, J. R.. A exclusão da diferença. Piracicaba: Editora
UNIMEP, 1993.
FOUCAULT, M. A história da Loucura. São Paulo: Perspectiva.
1978.
HEGENBERG, L. Doença: um estudo filosófico. Rio de Janeiro:
FIOCRUZ. 1998.
KIRK & GALLAGHER. Educação da criança excepcional.
São Paulo, Martins Fontes, 1987.
LEITE-BANKS, L. A educação de um selvagem: as experiências
pedagógicas de Jean Itard. São Paulo: Cortez. 2000.
MAZZOTTA, M. J. Educação Especial no Brasil - História
e Políticas Públicas. São Paulo: Cortez, 1996.
PESSOTTI, I. Deficiência Mental: da Superstição à
ciência. São Paulo, T. A. Queiroz, EDUSP, 1984.
SILVA, O M. A Epopéia Ignorada. São Paulo: CEDAS, 1987.
FRANKLIN, M. BARRY. Interpretación de la discapacidad - Teoria
e historia de la educación especial. Ediciones Pomares-Corredor,
Caspe. Barcelona. 1996.
TOMASINI, M. E. A. Expatriação Social e a Segregação
Institucional da diferença: Reflexões. In: BIANCHETTI, L.
e FREIRE, I. M. Um olhar sobre a diferença- Interação,
trabalho e cidadania. Campinas, SP: Papirus. 2001. P. 21- 51
|